Oposição Venezuelana denuncia perseguição e sequestro de líder político

María Corina Machado e Edmundo González Urrutia acusam o regime de Nicolás Maduro de agressão contra Biagio Pilieri

Por Da Redação com Gazeta Brasil 29/08/2024 - 10:15 hs
Foto: Reprodução/Redes sociais


O Comando com Venezuela, liderado por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, denunciou na última quarta-feira (28) que o dirigente opositor Biagio Pilieri está sendo perseguido pelo regime de Nicolás Maduro. A denúncia surgiu após a retirada de Pilieri de um evento em Caracas, resultando em sua detenção.

 

 

A organização emitiu um alerta em suas redes sociais, revelando que Pilieri estava sendo seguido em La Castellana por “indivíduos não identificados” em duas caminhonetes e três motos. Segundo o comunicado, esses veículos tentavam colidir com o carro de Pilieri para sequestrá-lo. “Alertamos a comunidade internacional e responsabilizamos o regime pelo que possa acontecer com ele”, afirmou a organização.

 

Logo após, um vídeo de Pilieri dentro de seu veículo foi divulgado, no qual ele relatava a perseguição. “Estamos sendo seguidos, entendemos e estamos certos de que são corpos de segurança do Estado. Estamos sendo seguidos há 20 minutos”, disse o político, acompanhado por três pessoas, incluindo seu filho, Jesús, membro da organização Jovens com Venezuela.

 

Pilieri fez uma declaração formal responsabilizando Nicolás Maduro, o Ministro do Interior e Justiça, o Procurador-Geral da República e todos os corpos de segurança do Estado pelo seu bem-estar, em meio à repressão brutal do regime contra a oposição.

 

 

Vídeos de transeuntes mostraram veículos do regime seguindo de perto o carro de Pilieri pelas ruas de Caracas. Inicialmente, havia a suspeita de que Pilieri estivesse buscando proteção em uma embaixada, mas o Comando com Venezuela confirmou que a última localização do seu celular foi no El Helicoide, indicando seu sequestro. O paradeiro de seu filho ainda é desconhecido. “Exigimos o fim da perseguição”, reiterou a organização.

 

A perseguição também se estendeu ao dirigente opositor Juan Pablo Guanipa após o evento, embora ele tenha conseguido escapar e se refugiar.

 

As ações repressivas do regime foram intensificadas com a detenção de Perkins Rocha, porta-voz de María Corina Machado, conforme noticiado pelo Comitê de Direitos Humanos de Vente Venezuela. Rocha, Coordenador Jurídico e Representante perante o CNE, foi levado “à força” por indivíduos não identificados. A organização exigiu informações sobre seu paradeiro e sua “liberação imediata”.

 

Apesar da repressão, María Corina Machado reafirmou sua luta pela liberdade do país em um discurso para seus seguidores, tanto em Caracas quanto globalmente. “O regime está cada vez mais isolado… Nenhum governo democrático no mundo reconheceu a fraude”, disse Machado. Ela descreveu a repressão como a mais brutal da história da Venezuela e prometeu continuar a luta pela liberdade. “Vamos seguir em frente, vamos forçá-los a ceder”, concluiu.